Salve, São José! Pai dos pobres, refúgio dos miseráveis e amparo de todos os cristãos!
Foi com imensa alegria que recebemos a notícia da instituição de um ano inteirinho dedicado ao nosso pai São José. É um presente para toda a Igreja e para o nosso Carisma, que tem um lugar muito especial cultivado à São José, por meio da devoção e consagração de muitos consagrados a esse Santo.
A convocação do Ano de São José nasce do coração paternal de nosso Papa Francisco, que deseja chegar ao coração de todos os católicos, convidando cada um a conhecer melhor o pai adotivo do Senhor e a sua importância no plano salvífico de Deus.
Em sua Carta Patris Corde, o Papa Francisco lembra-nos uma belíssima constatação: a de que às vezes imaginamos Jesus como se já tivesse nascido pronto, mas não foi assim. José e Maria puderam dar a Jesus todo o ensinamento necessário da Lei, ensinamentos humanos e, principalmente, de como se relacionar com Deus, José era um homem de profunda intimidade com Deus. A própria Escritura revela que Jesus teve que aprender gradualmente; em tudo, Ele era obediente aos seus pais.
Assim, José, a partir de sua própria obediência a Deus e na escuta atenta de Deus, cria o filho. Obediência que se dá na acolhida, no acompanhamento e no amor dedicado a um filho especial, afinal de contas, cuidar do filho de Deus era motivo de honra e para quem foi tão humilde, motivo de gratidão a Deus. José é um pai presente. Imaginamos, pois, um menino Deus que se fez pobre, pequeno, humano, nos braços de um simples carpinteiro que só soube amar e amar e se entregar em um perfeito abandono.
É fato que José não compreendeu tudo, mas fez motivo para acolher tudo. José não se impôs na vida do filho, mas ele acompanhou Jesus na escolha de seu próprio caminho. A figura de São José se oculta e não temos tantas informações sobre ele na Bíblia, mas o pouco que temos já nos é suficiente para reconhecer a sua importância ímpar na vida de Jesus e no plano da Salvação.
Gosto de imaginar São José como um homem tão comum quanto a qualquer outro. Claro que vejo a escolha de Deus por ter José como Pai de seu filho. Deus deu a ele o motivo de escolha, ele quis abandonar Maria, sua esposa que tanto amava, mas não o fez, por obra de Deus. Todavia, podemos imaginar José, assustado com o que lhe era confiado e o mistério que acontecia. Com suas mãos humanas, calejadas do trabalho duro, tocar por primeiro ao corpinho de Jesus, carregar no colo e o entregar a Maria naquele Natal, é encantador...
Por isso, meus irmãos, temos motivos de sobra para irmos à José neste ano inteirinho e por toda a nossa vida. “Ite ad Ioseph” é o convite que a Igreja nos faz hoje: “Ide a José!”. Frequentemente, a Igreja recomenda que os Seus filhos recorressem a São José, para que ele nos ensine suas múltiplas virtudes e nos socorra em nossas muitíssimas necessidades. De fato, ao glorioso São José sempre foi associada a função de protetor, de guardião. Por isso, invocamo-lo sob o título de Custódio, Guardião da Santa Igreja. “Ele constituiu-o Senhor da sua casa. E fê-lo
príncipe de todos os seus bens.”
Que bonito: José é também administrador das graças divinas, assim como Nossa Senhora é a dispensadora dessas graças. Que ele nos ensine seu silêncio, seu sorriso, sua sabedoria e sua humildade.
Só o que nos resta é elevarmos a ele os nossos corações e dizermos, cheios de alegria e gratidão a Deus: “Valei-nos, glorioso São José!”
Frei José Alegria do Menino Jesus, PJC.
Secretário Geral dos Pobres de Jesus Cristo.
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